sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Mecanismo da Audição

Mecanismo da Audição





A orelha capta as ondas sonoras, que se propagam pelo ar, e as encaminha ao canal auditivo. Após entrarem pelo orifício da orelha, as ondas sonoras percorrem os 2,5 cm do canal auditivo, também conhecido como meato. Lá, elas se intensificam à medida que a passagem se estreita. No final do canal auditivo, o som se choca contra uma membrana de apenas 1/10 de milímetro de espessura, o tímpano, que vibra como um tambor. 
O tímpano é tão fino que o impacto de uma única molécula de hidrogênio o faz tremer. Do outro lado do tímpano há três ossinhos. Primeiro vem o martelo, cujo cabo fica encostado no tímpano. Diante da menor vibração, o martelo começa a batucar no osso vizinho, a bigorna, que, por sua vez, transfere o movimento para o estribo, cuja extremidade está ligada ao interior da cóclea por um buraquinho, a janela oval. Cada vez que a base do estribo choca com a janela oval, gera um movimento da perilinfa, o líquido que ocupa o espaço compreendido entre o labirinto ósseo e o membranoso. Produz-se, assim, uma espécie de onda que percorre todo o caracol, primeiro pela rampa vestibular e, depois, pela rampa timpânica, até se desvanecer quando chega à janela redonda.

No seu percurso, a deslocação da perilinfa faz vibrar a membrana basilar que constitui a base da cóclea, onde se encontra o elemento básico da audição - o órgão de Corti. Com as vibrações, as células sensoriais do órgão de Corti deslocam-se e os pequenos cílios presentes na sua superfície superior chocam com um elemento de consistência gelatinosa que flutua na endolinfa que ocupa a cóclea, a membrana tectória. Quando estes cílios chocam contra a membrana tectória, geram modificações metabólicas nas células sensoriais, que transformam os estímulos mecânicos em impulsos elétricos, os quais se transmitem às fibras do nervo coclear que nascem no polo inferior das células sensoriais; estes sinais viajam pelo nervo coclear e, depois, pelo nervo auditivo até chegarem ao cérebro, onde se torna consciente a percepção sonora. Resumindo, ocorre a transformação de energia mecânica (onda sonora) em energia hidráulica seguida de energia elétrica.

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